Olá queridos,
todos sabem que eu adoro ser tia, mas domingo, conversando com minha sobrinha Lara, comecei a me lembrar e a contar a ela sobre as minhas tias, e me dei conta de porque tomo tanto cuidado sempre para agradar os meus sobrinhos, para fazer uma comidinha que eles gostam ou levar uma sobremesa especial quando sou convidada para o almoço, fazer ninho para o coelho da Páscoa com os pequenos e fazer palhaçadas com os adolescentes, se tento ser uma tia carinhosa e divertida é graças a minhas tias, que sempre foram especiais, cada uma a sua maneira.
Minha tia Josephina era a irmã mais velha da minha mãe, morava em São Paulo e é onde íamos passar as férias de julho. Recebia a todos na casa dela sem se incomodar. Sua casa era alegre e movimentada, ela às vezes ficava brava e confesso que tinha um pouco de medo dela, mas ao mesmo tempo ela era muito carinhosa e maternal. Cuidou da minha mãe quando a minha avó morreu, então ela era uma mistura de tia e de avó. Me lembro que ela dormia enquanto assistia tv, mas se fôssemos desligar ela logo dizia: estou assistindo…rsrsrrs….hoje me pego fazendo isso como ela.
Tia Zefina foi uma grande matriarca.
Minha tia Cema era a irmã mais nova da minha mãe, não casou e nem teve filhos, então os sobrinhos eram a vida dela, nós a chamávamos de Mana. Implicava com tudo, mas tinha o maior coração que eu já conheci. Nunca chegava sem nos trazer um presente, podia ser apenas um pacote de balas, mas sempre tinha alguma coisa para nos dar.
Também não podia saber que estávamos com vontade de comer alguma coisa que logo ia providenciar.
Ajudou a criar meus primos, paparicou o Marcus meu primo e a Margo minha irmã em especial. Defendia a família com unhas e dentes e para ela os homens da família eram sempre perfeitos.
Amou os meus sobrinhos demais, mimou muito minha filha e foi uma das
maiores companheiras da minha mãe.
Minha tia Adélia era a mais divertida de todas. Era chic, elegante e toda atrapalhada, daquelas que não se contentava em apenas errar e pegar ônibus para Pindorama ao invés de para Rio Preto, ela também entrava em carro errado rsrsrr….eu só me divertia.
Quando ela vinha passar alguns dias em casa era uma delícia, pois íamos dormir de madrugada e era só risadas e diversão com as histórias que ela contava. Tenho dela as lembranças das histórias mais engraçadas e atrapalhadas que podem acontecer com alguém.
E tinha a minha tia Carois, não sei se seu nome escreve desta maneira, mas é assim que fala.
Minha tia Carois foi a pessoa mais fofa e especial que eu conheci. Pequenina, super vaidosa, sempre com os cabelos super arrumados e sem nem um fio branco, as unhas sempre esmaltadas e muito cheirosa.
Carinhosa demais, sua voz era suave, nos recebia com simplicidade, de coração aberto sempre.
Morava numa casa imensa, eu adorava sua casa, me sentia bem lá, me sentia mais forte, mais amparada, não sei explicar. Mal chegávamos e ela vinha nos trazer uma toalha e nos oferecer um banho, todos diziam que ela tinha mania de banho e acho que herdei isso dela rrssssrs.
Fazia um mantecal delicioso, derretia na boca.
Tia Carois adorava festas e não perdia um carnaval, eu era criança e lembro que eles diziam que ela dormia nos bailes e nas festas, mas ia em todas.
Ela tinha um jeito especial de olhar pra gente, uma maneira doce de falar que fazia com que sentíssemos que éramos amados….e eu a amei muito também.
Me lembro que quando a visitei, ela já estava no final da sua vida e não reconhecia mais ninguém, mas ela se lembrou de mim. Fiquei feliz por isso, mas fiquei muito triste de vê-la indo embora. Não era mais a mesma pessoa, já nem sabia mais quem era. Foi a última vez que a vi, não quis voltar, queria a minha tia pequenina de cabelo impecável de volta. Que linda foi minha tia Carois.
E hoje, pensando e lembrando da minha conversa com a Lara, me dei conta de que sou tia um pouco como cada uma das minhas tias, um pouco mãezona como minha tia Zefina, um pouco implicante e que gosta de dar presentinhos como minha tia Cema, um pouco divertida e atrapalhada (mas não tanto) como minha tia Adélia e receptiva e amorosa como minha tia Carois.
Minhas tias se tornaram inesquecíveis para mim por me fazerem sempre sentir que eu era especial para elas, e assim como elas, pretendo me tornar inesquecível para os meus amados sobrinhos.
Beijo grande,
Denise
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Meta
Doce e deliciosa lembrança! E como sempre, muito bem escrita. Consegui viver esta sua lembrança, como se eu estivesse lá. Amei!
Obrigada doce Jussara, você sempre muito gentil. Beijo grande.
Dê, adorei o q vc escreveu beijo grande Liliane
Lili que saudades, obrigada querida, saudades de nós duas juntas, beijo grande.